WePink: Justiça mantém liminar contra empresa de Virginia Fonseca proibindo lives e anúncios virtuais
- 31/10/2025

Virginia fazendo divulgação dos valores promocionais de perfumes da WePink Divulgação/MP-GO A Justiça manteve a liminar contra a WePink, empresa da influenciadora Virginia Fonseca, que proíbe a realização de “lives” comerciais ou ações publicitárias de vendas virtuais, segundo dados do Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO). A empresa da influenciadora é alvo de uma ação do Ministério Público de Goiás (MP-GO) e do Procon por supostas práticas abusivas contra consumidores. O g1 tentou entrar em contato com a defesa da WePink, mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem. ✅ Clique aqui e siga o perfil do g1 Goiás no WhatsApp A defesa havia pedido a retratação das medidas na quarta-feira (29), mas o requerimento foi negado pela juíza Tatianne Marcella Mendes na quinta-feira (30). A liminar proíbe que a empresa realize os anúncios virtuais até conseguir comprovar a solução dos problemas apontados pelo MP, como alto número de reclamações e falta de estoque para atender à demanda dos produtos anunciados. LEIA TAMBÉM: WePink: Defesa da empresa de Virginia faz pedido de retratação após MP apontar descumprimento de liminar Virginia descumpriu liminar ao anunciar perfume da WePink com desconto nas redes sociais e sem comprovar que tinha estoque, diz MP Propaganda enganosa e mais de 120 mil reclamações: entenda processo envolvendo empresa de Virginia De acordo com o documento da decisão que manteve a liminar, a empresa ainda não apresentou sistema de SAC com atendimento humano e telefônico obrigatório, sendo realizado apenas por aplicativo de mensagens. O documento também destaca que a empresa apresentou uma redução de 60% no número de reclamações, mas o número real foi de apenas 28%. Sobre o estoque, a decisão também afirma que os documentos anexados pela empresa para comprovar o estoque são insuficientes, e afirma ser necessária auditoria externa. Processo judicial MP quer que empresa de Virginia pague indenização de R$ 5 milhões A WePink é alvo de um processo judicial ajuizado pelo Ministério Público e pelo Procon Goiás por suspeita de práticas abusivas, como propaganda enganosa, problemas na entrega resultando em centenas de reclamações no estado, além de milhares no Brasil, e até censura. Em decisão provisória, a Justiça determinou que a empresa estabeleça atendimento humano para os consumidores e não apenas automatizado. A ação conjunta diz que a estratégia de "flash sales" (ofertas relâmpago) da empresa nas redes sociais criou um senso artificial de urgência, induzindo à compra impulsiva e explorando a vulnerabilidade psicológica das pessoas. O texto também destaca que o número total de reclamações pode chegar a 300 mil consumidores, considerando aqueles que não reclamaram oficialmente. A companhia já foi autuada mais de uma vez pelo Procon por atraso e falta de entrega dos produtos e, ainda, recusa de reembolso para os consumidores que cancelam as compras e pedem o dinheiro de volta. Devido às ações reiteradas, o MP pede que a empresa pague uma indenização coletiva de R$ 5 milhões por práticas abusivas contra os consumidores, além de uma individual, com valor a ser definido durante o processo. A empresa alega que hoje não sofre mais com atrasos frequentes e que uma prova disso é a sua nota 8,1 na plataforma Reclame Aqui, na qual possui um índice de 93% de resolução das reclamações. A defesa diz que a empresa não deveria ser proibida de realizar a comercialização, já que os fatos em que o órgão se baseou para ajuizar a ação são de 2024, e não reflete o índice atual de resolução das reclamações. Descumprimento de liminar No dia 21 de outubro, o MP-GO solicitou que fosse imposta uma multa de R$ 100 mil por cada publicação ou dia de descumprimento das medidas impostas pelo órgão. A defesa fez um pedido de retratação contra as medidas impostas pelo órgãos sobre a divulgação dos produtos. Ao g1, a defesa informou que discorda das medidas impostas pela Justiça, e que a empresa não deveria ser proibida de realizar a comercialização, já que os fatos que o órgão se baseou para ajuizar a ação são de 2024, e não reflete o indice atual de resolução das reclamações. No documento do pedido de multa enviado ao TJ-GO, o Ministério Público destaca publicações de promoções feitas nos perfis nas redes sociais de Virginia e da sócia, Samara Pink. WePinl, de Virginia Fonseca, é autuada pelo Procon Reprodução/Instagram da WePink 📱 Veja outras notícias da região no g1 Goiás. VÍDEOS: últimas notícias de Goiás
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